sexta-feira, 26 de abril de 2024

Termômetro FIRE

 Andei brincando com o termômetro FIRE do site Aposente aos 40.

A gente fica meio ansioso e depressivo quando usa essas ferramentas, não é?

Parece que nunca chega naquilo que queremos. Fazemos várias simulações. Mudamos variáveis. Pensamos mais. Planejamos. Esprememos aqui e ali. 

Após pelejar um pouco o resultado foi esse. Situação em 10 anos. Aportando 50% da renda. Rentabilidade de 12% com 4% de inflação. E aí? Parece realista pra vocês? Interessante que ficou BEM na linha de corte para o FIRE hahahaha!



segunda-feira, 15 de abril de 2024

Mudanças de alocação e investimento em BTC

 Resolvi fazer parte do FOMO e investi um pouco no famoso bitcoin.

Já havia investido em outros tempos. Comprei, vendi. Comprei... vendi!

Mas agora quero ser holder. De certa forma acredito no papo dos entusiastas das moedas digitais, embora eu ache que todas são "shitcoins" mesmo, e apenas o BTC e mais uma ou duas se salvem.

Enfim, comprei, mas não é nada demais perto do patrimônio total. Apenas 1%. Quero aumentar essa alocação comprando aos poucos, até chegar aos 5%.

Hoje tenho ações, ETF, FII, Tesouro direto, CDBs, e agora sou também um legítimo possuidor de "ouro digital". Estou literalmente pagando para ver no que vai dar o tal do "having" (evento programado em que o BTC diminui as recompensas dos mineradores).

E você, já comprou suas moedinhas? 

Até mais

quinta-feira, 11 de abril de 2024

Você já se perguntou isso?

 Hoje me veio uma pergunta que nunca havia feito: quando meus aportes vão parar de ser importantes frente ao retorno da renda passiva?

Pense bem: um aporte de 2000 reais é muito para a maioria dos brasileiros. Quem consegue aportar isso todo mês já se sente um grande investidor. E no começo da vida financeira aportes vigorosos e constantes é que são importantes. De nada adianta conseguir uma rentabilidade de fabulosos 5% ao mês se o aporte é apenas 500 reais. Isso dá 25 reais por mês e não vai mudar sua vida. Mas aportar mais e mais é que vai crescer seu patrimônio no inicio, ou seja, na fase de acumulação.

Mas quando o patrimônio já está mais alto, digamos que 700 mil, o aporte começa a ter cada vez menos importância. Se você consegue uma rentabilidade de 0,8% ao mês isso dá 5.600 ao mês, que é mais relevante que o aporte citado no exemplo inicial. 

Finalmente, quando o patrimônio já está no nível da aposentadoria ou independência financeira, digamos que 3 milhões ou mais, os antigos 2 mil reais de aporte ao mês (vindos talvez de uma renda ativa) se tornam completamente desnecessários. Os rendimentos passivos do patrimônio, reinvestidos em parte, já poderiam suprir esse valor até com folga.

No caso, como aporto de 5 a 8 mil reais por mês, ainda vou demorar um pouco para que o patrimônio consiga se "auto-alimentar" gerando este valor. Quando eu estiver na casa dos 800 ou 900 mil ou mais, conseguirei atingir o meu aporte mensal com segurança, mas agora com renda passiva. E daí? Isso permite, se a pessoa, quiser um relaxamento maior, aportando menos e gastando mais, já que o próximo patrimônio já está trabalhando bastante e gerando renda passiva que pode ser reinvestida.

E você? Seu aporte já é irrelevante frente a sua renda passiva ou ainda falta um pouco para isso? 


terça-feira, 12 de março de 2024

Voltei mas não sei por quanto tempo

 Fique com vontade de postar novamente. Desde agosto que não posto. Ainda continuo chateado que o google não quis rentabilizar meus posts, mas enfim...

Tenho trabalhado bastante e gastado bastante também. É impressionante como TUDO está subindo de preço. De alimentos até faxineira. Você já viu o preço de um mero corte de cabelo? Chega a 50 reais em alguns pontos da minha cidade.

Minha meta de economia sobre o salário sempre foi 50%, mas esse ano já enfiei o pé na jaca e esse percentual está por volta de 35%. Aí você pensa.. disney? Viagem à Europa? Ao nordeste? Restaurante todo fim de semana? IFodd? Nada.

É condomínio, é IPVA, é IPTU, é carro que estraga, é um problema de saúde que existe gastos em farmácia, é um problema de infiltração em parede que precisa de ação urgente, são gastos comuns com supermercado (com produtos cada vez piores e menores)... Enfim, sempre surge algum gasto não esperado para me f*der. E claro vc quer viver, não apenas sobreviver, então tem a academia, tem alguma plataforma que vc quer assinar, tem um lanche aqui e ali...

Sei lá... fico pensando se algum dia vou atingir o objetivo, que é trabalhar menos no lugar que estou. A jornada é desanimante. Me sinto juntando grãozinho por grãozinho para chegar lá.

Será que FIRE é só para quem tem renda alta? Quem tem aqueles salários absurdos de 30 a 80 mil reais, que só altos cargos públicos, empresários e donos de empresas têm?

Em alguns anos devo ter composto 1 milhão em patrimônio (fora imóvel e carro etc). Mas um 1 milhão dá para parar e viver disso? Se você for solteiro e morar na casa dos pais, e ainda no interior, dá sim. Com família, filhos, condomínio, escola, água, luz, mercado, farmácia e tudo mais, fica difícil.

Esse é algum caso de blogeiros que vejo. Ou a pessoa já ganha um absurdo, ou a pessoa ganha mais ou menos, mas não tem gasto nenhum, pois vive na casa dos pais sem conjuge e sem filhos.

Sinceramente, se eu não tivesse mulher e filhos, e ainda morasse no interior, já estaria às portas de aposentar, eu gastaria fácil só uns 3 mil mil por mês.

Será que eu deveria desistir do FIRE e pensar apenas ficar mais tranquilo? Sem a neura de economizar 50%? Vou morrer trabalhando mesmo? Essas são as questões que rondam minha cabeça nestes últimos meses.

É isso. Desabafei um pouco.

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

The Company Men / A Grande Virada

Recentemente vi o filme "The Company Men". Fiquei interessando em ver este filme por causa de algum ensinamento que eu poderia ter sobre trabalho e finanças. Achei o filme bem interessante e resolver escrever alguns pensamentos que tive.


Certamente, "The Company Men" (traduzido no Brasil como "A Grande Virada") oferece várias lições e reflexões sobre questões relacionadas ao trabalho, finanças e vida profissional. Aqui estão alguns aprendizados que podemos tirar do filme:

Necessidade de Reserva Financeira: Muitos dos personagens enfrentam dificuldades após perderem seus empregos burocráticos com altos salários e por não terem uma reserva adequada para sustentar seus estilos de vida enquanto procuram por novas oportunidades sofreram uma queda grande de qualidade de vida. O protagonista começa a vender seus passivos como carros, casa e até o XBox do filho quando se vê em dificuldades financeiras.

Diversificação de Fontes de Renda: O protagonista, interpretado por Ben Affleck, enfrenta desafios e problemas quando perde sua única fonte de renda. Isso ressalta a necessidade de considerar múltiplas fontes de renda, como investir em empreendimentos paralelos ou criar fontes de renda passiva. A mulher do protagonista começa a ter que sair do conforto do lar e ter que trabalhar para sustentar um pouco o custo de vida.

Custo de Vida Sustentável: Muitos personagens no filme vivem um estilo de vida extravagante que corresponde ao alto salário que ganham. No entanto, quando perdem seus empregos, lutam para manter esse padrão. O filme nos lembra da importância de viver abaixo daquilo que ganhamos e não sustentar um estilo de vida apenas para parecer bem sucedido para os outros. Por exemplo, o protagonista queria esconder que foi demitido dos vizinhos e queria continuar ostentando seu estilo de vida, indo ao clube de golf etc., para parecer bem sucedido para os outros.

Flexibilidade na Carreira: Os personagens que perderam seus empregos enfrentam dificuldades para se ajustarem a novas oportunidades. O protagonista, acostumado a um emprego em escritório, acaba tendo que trabalhar na pequena empresa de construção do cunhado. Isso realça a necessidade de ser flexível e adaptável em relação à carreira, considerando opções que podem ser diferentes da trajetória tradicional.

Explorar Novas Oportunidades: Muitos personagens não conseguem visualizar alternativas de emprego além do que estão acostumados. Isso ressalta a importância de explorar novas oportunidades e considerar setores diferentes ou até mesmo empreendimentos independentes. Acho interessante, que os personagens não conseguem nem imaginar que poderiam, por exemplo, trabalhar pela internet (isso nem é citado no filme) e só buscam por empregos tradicionais.

Impacto das Decisões Corporativas: O filme aborda a ganância das grandes empresas que priorizam os interesses dos acionistas em detrimento dos funcionários. Um funcionário demitido chega a se matar por não se adaptar à nova realidade. Isso serve como um lembrete de que as decisões corporativas podem ter consequências nas vidas das pessoas e não se tratam apenas de números no papel.

Valor das Relações Pessoais: À medida que os personagens enfrentam desafios em suas carreiras, suas relações pessoais e familiares ganham destaque. Isso nos lembra que, em meio às turbulências profissionais, é importante valorizar e investir em relacionamentos significativos. O protagonista reencontra bastante significado em sua relação amorosa com a esposa e no relacionamento com seu filho, que era antes da demissão bastante distante.

Propósito de vida: A perda de emprego pode abalar a autoestima e a identidade pessoal dos indivíduos. O filme nos encoraja a buscar um senso de propósito mais profundo e não definir nossa identidade apenas pelo trabalho que fazemos.

Preparação para Mudanças Econômicas: O filme se passa durante a crise financeira de 2008 e seus efeitos nos mercados de trabalho. Isso destaca a importância de estarmos preparados para mudanças econômicas e de nos educarmos sobre finanças pessoais.

Equilíbrio entre Trabalho e Vida: Alguns personagens estão tão imersos em suas carreiras que negligenciam outros aspectos importantes da vida. O filme nos lembra da necessidade de encontrar um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal.

Em resumo, "The Company Men" serve como uma narrativa poderosa que nos lembra da volatilidade do mundo do trabalho e da importância de sermos financeiramente preparados, adaptáveis e conscientes das nossas escolhas profissionais.


Abraços!

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Descanso, férias e trabalho


Sofia Vergara. Musa milf do Blog.

Equilibrar trabalho e lazer é um desafio que atinge a todos nós, especialmente quando estamos imersos na rotina do serviço público. É tão fácil cair na armadilha da rotina diária, seguir a maré até nos sentirmos esgotados e como se estivéssemos nos tornando robôs. Aposto que você já se viu nesse cenário, não é mesmo? 

É por isso que as férias não são meramente uma pausa para relaxar, mas uma necessidade humana para voltarmos depois à mesma rotina com mais ânimo, saúde e propósito. E acredito que se pudéssemos desfrutar de mais do que míseros 30 dias de folga e até mesmo encurtar um pouco aquelas tradicionais 40 horas semanais toda a sociedade seria melhor. Tanto nossa mente quanto nosso corpo precisam de descanso para podermos voltar ao trabalho com a mente descansada.

Falando nisso, a abordagem tenho utilizado para o cansaço e as frustrações do cotidiano é investir em trabalhos paralelos e ter horários para atividades físicas. Justamente porque o lazer e os hobbies espairecem a mente. 

Além disso, ao abraçar momentos de lazer e introspecção, podemos também descobrir formas de tornar nosso trabalho mais significativo e eficaz. A sensação de propósito é frequentemente reacendida quando temos a chance de nos distanciar do cenário cotidiano e contemplar a imagem maior de nossas vidas. Podemos fazer isso facilmente em viagens, por exemplo. Nestes momentos de descanso e relaxamento pode valer a pena pensar nas grandes questões da vida, como: Qual o meu propósito? Qual a minha missão na vida? Quais são os meus valores? Em que posso ser melhor? O que posso fazer para ter uma vida mais significativa? Como posso servir e amar mais?

Portanto, a importância do lazer e das férias transcende a mera busca pelo prazer momentâneo. Elas são elementos essenciais para preservar nosso bem-estar, visualizar o todo de nossa vida e assegurar que continuemos a servir de maneira saudável não apenas a nós mesmos, mas também às pessoas ao nosso redor, de maneira cada vez mais significativa. Encontrar esse equilíbrio entre o trabalho e o lazer é um desafio, mas é algo que vale a pena para colhermos os frutos de uma vida plena.

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Sobre parar de trabalhar


Sofia Vergara. Musa milf do blog

Estava pensando hoje sobre a questão de parar de trabalhar e o FIRE (Independência financeira e aposentadoria antecipada).

Muitos que vemos que atinguem o FIRE e se "aposentam" não param exatamente de trabalhar, apenas mudam de trabalho ou passam a trabalhar com mais leveza e equilíbrio ou mudam de área, ou por fim passam a exercer atividades não remuneradas.

E, de fato, penso que "parar de trabalhar" pra sempre, ou seja, não ter nenhum tipo de atividade não seja uma coisa 100% positiva.

Quais são meus argumentos?

O trabalho é essencial para o desenvolvimento pessoal, a dignidade e a realização pessoal. Podemos exercer e expressar nossa individualidade, criar valor e contribuir para a sociedade. Parar de trabalhar pode levar ao ostracismo, pois por meio do trabalho podemos nos desenvolver, aprender coisas novas, criar metas, exercer nossa criatividade. 

Enfim, a falta de trabalho pode levar a um vazio existencial e à perda de propósito na vida. Qualquer tipo de trabalho, desde o mais básico até o mais nobre, pode ser uma forma de servir ao próximo e crescer pessoalmente. 

A rotina diária, muitas vezes ditada pelo trabalho, proporciona estrutura e propósito, elementos cruciais para a saúde mental. Além disso, o trabalho muitas vezes implica interações sociais. A falta dessas interações pode levar ao isolamento, prejudicando a saúde emocional.

Por isso vejo que o mais saudável para quem atinge o FIRE é realmente encontrar trabalhos mais equilibrados e com mais propósito, mesmo que seja não remunerado e voluntário, ao invés de simplesmente "parar de trabalhar".